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Tire todas as suas dúvidas sobre a Dor Crônica

Tire todas as suas dúvidas sobre a Dor Crônica
Por Beatriz Sanches 21 de julho de 2020 Sem comentários

A dor crônica é uma dor que dura muito tempo - meses ou até anos. Pode ocorrer em qualquer parte do corpo mas principalmente nos: joelhos, ombros, lombar e nervo ciático.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED), cerca de 60 milhões de pessoas, relatam sentir dor de forma crônica. Baseados nessa premissa, nós da Sportllux desenvolvemos este post, que pretende esclarecer todas as suas dúvidas sobre esse tipo de dor.

O que é dor crônica?

No ramo da medicina, a dor crônica é tida como uma doença que acomete o sistema nervoso central, e que perdura por bastante tempo, sem que haja um sentido biológico para que isso aconteça.

A dor crônica dura por um período de tempo maior do que a dor aguda e é, muitas vezes, resistente aos tratamentos, trazendo muito incômodo.

Uma dor “normal” leva um período que varia de três a seis meses para curar. Isso não acontece com a dor crônica, pois pode durar de meses a anos.

O que explica é o fato da dor crônica poder ser contínua ou intermitente. Isso quer dizer que ela pode ser parte da rotina por longos períodos sem interrupção, bem como, pode ter ciclos, que terminam, mas logo reiniciam.

Fatores psicológicos e ambientais vivenciados pelo paciente também podem piorar o quadro.

Sintomas de dor crônica

  • Fadiga, que pode causar impaciência e falta de motivação;
  • Problemas para dormir, geralmente porque a dor o mantém acordado durante a noite;
  • Dificuldade em se manter ativo e uma necessidade crescente de descansar;
  • Um sistema imunológico enfraquecido, levando a infecções ou doenças frequentes;
  • Mau humor e sentimentos como desesperança, medo, ansiedade e estresse;
  • Dificuldade de locomoção, que pode incluir não poder ir ao trabalho ou realizar outras atividades diárias.

Quais são os principais tipos de dores crônicas?

Dor neuropática

A dor neuropática é causada por dano ou disfunção dos nervos, medula espinhal ou cérebro.

Os efeitos típicos são sentidos como um tipo de dor em queimação, facada, picada, entorpecimento ou formigamento.

Esse tipo de dor geralmente pode ser espontânea e pode ser sentida como choques repentinos. A dor neuropática também pode ser sentida como uma hipersensibilidade ao toque ou ao frio.

Alguns dos exemplos mais comuns de dores neuropáticas crônicas são:

  • Síndrome do túnel do carpo;
  • Neuropatia diabética;
  • Síndrome de Guillain-Barré;
  • Dor traumática na medula espinhal;
  • Amputação de membros (dor do membro fantasma);
  • Problemas de tireoide;
  • Esclerose múltipla.

A identificação das dores neuropáticas é feita por meio de uma avaliação física e exames neuromusculares, que precisam ser realizados por um médico de sua confiança.

Dor nociceptiva

A dor nociceptiva é o tipo mais comum de dor que as pessoas experimentam.

Os nociceptores são os receptores no sistema nervoso que são ativados quando há uma lesão. Se não houver lesão de fora do sistema nervoso, os nociceptores não estão ativos.

A dor nociceptiva, portanto, é a dor causada por uma lesão em algo que não seja os nervos. Na dor crônica, porém, os nociceptores ainda podem estar enviando mensagens de dor muito tempo após a lesão original ter cicatrizado.

Exemplos de dores nociceptivas incluem:

  • Dor de queimadura;
  • Dor pós contusão;
  • Dor por infecção ou lesão óssea ou muscular;
  • Dor por danos por uso excessivo - como artrite ou entorses.

Dor mista

Existem ainda algumas situações em que pode ocorrer a dor mista, que nada mais é do que uma dor que tem ao mesmo tempo origens neuropáticas e nociceptivas.

Esse tipo de dor crônica se caracteriza por seu um dos mais incômodos de todos, sendo muito fortes e recorrentes.

Quais são os tratamentos para dores crônicas?

Existem muitos tratamentos disponíveis. Eles geralmente não tiram toda a sua dor. Mas podem reduzir a quantidade de dor que você tem e com que frequência ela ocorre. Alguns dos tratamentos mais comuns incluem:

Exercícios físicos

O repouso prolongado na cama geralmente não é útil para dores crônicas e, em muitos casos, pode realmente piorar as coisas.

Manter o corpo ativo é a melhor opção, pois isso fortalece o organismo e ajuda na melhora da movimentação e combate à dor.

É claro que os exercícios precisam ser adaptados de acordo com a sua condição.

Relaxamento

Algumas técnicas de relaxamento, como a respiração profunda e a meditação também podem ser vistas como uma alternativa para ajudar a amenizar as dores crônicas.

Fisioterapia e terapia ocupacional

Existem várias terapias que podem ser sugeridas por um fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional para ajudar a aliviar a dor crônica.

Terapia de correção de postura , compressas frias ou de calor , massagem e outras técnicas usadas pelos fisioterapeutas também podem ajudar, mas não são uma solução a longo prazo para o tratamento da dor.

Um terapeuta ocupacional pode ajudar, fazendo sugestões sobre como concluir tarefas em casa ou no trabalho difíceis devido à dor crônica.

Acupuntura

Essa técnica milenar têm a finalidade de liberar hormônios e neurotransmissores analgésicos, que possuem ação anti-inflamatória e relaxante para os músculos.

Apesar de serem inseridas agulhas no corpo, os adeptos à acupuntura garantem que o procedimento não causa nenhum tipo de dor ou incômodo.

Medicamentos

O tratamento medicamentoso também é indicado para algumas situações em que ocorre a dor crônica.

Porém, é sempre importante lembrar sobre a importância de evitar a automedicação. Só tome remédios que forem receitados pelo seu médico.

LEDterapia

A LEDterapia é um tratamento não medicamentoso, realizado com mantas de LED que emitem radiação NIR (vermelho e infravermelho curto).

De acordo com vários estudos publicados, esta terapia mostrou resultados altamente benéficos no tratamento da dor.

As luzes do LED entram no tecido e interagem com o complexo do citocromo c nas mitocôndrias.

Essa interação desencadeia uma cascata biológica de eventos que leva ao aumento do metabolismo celular e à diminuição da dor e da inflamação.

Ao contrário dos medicamentos, a terapia com uso de LED reduz a dor sem efeitos colaterais indesejáveis.

Leia mais sobre os benefícios da LEDterapia.

Cirurgia

A dor crônica, em alguns casos, também precisa ser tratada com intervenções cirúrgicas.

Nessas cirurgias é feito um bloqueio do nervo que causa a dor, como a injeção de medicamentos paralisadores em determinadas partes da espinha.

Apesar de eficaz, a cirurgia pode causar riscos em alguns casos, sendo necessária uma ampla avaliação médica, por meio de exames.

Também deve ser analisados todos os efeitos colaterais causados pelo procedimento e avaliar se ele vale ou não a pena ser feito.

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Agora que você já sabe um pouco mais sobre dor crônica, poderá gostar de ler também sobre Dor nas costas!

Publicado em: Lesões